terça-feira, 23 de setembro de 2025


Olá, queridos amigos!

Depois de um tempinho longe, é com muita alegria que volto a dar vida ao nosso blog, FARIOFÁ! Aqui, vamos embarcar juntos em uma viagem por novidades, curiosidades e histórias que marcaram — e continuam marcando — a nossa cidade.
Teremos lembranças do passado, fatos atuais, mensagens inspiradoras e, claro, aquele toque de bom humor que vocês já conhecem tão bem. Este espaço é feito com carinho para cada um de vocês, para que possamos relembrar, descobrir e compartilhar juntos tudo o que torna o nosso cantinho tão especial.
Preparem-se para se divertir, se emocionar e se conectar com as histórias que nos aproximam e com as memórias que nos encantam. 
                                  
                                Seja bem-vindo(a) de volta! 


 Agora a NASA vem!
Ultimamente, nossa cidade anda parecendo cenário de experimento científico. Quem passa pelas ruas já percebeu: garrafas PET cheias de água estão tomando conta das portas, portões e muros. É garrafa pra todo lado! Pequenas, grandes, com tampa azul, verde, transparente… Tem até gente que capricha, colocando água filtrada, como se o cachorro fosse escolher. 
Segundo os moradores, a técnica é infalível: as garrafas afastam os cães que insistem em marcar território nos portais.
Dizem que o reflexo da água confunde os bichinhos, e eles desistem.
Outros juram que o segredo está no “poder energético da garrafa”.
E, como tudo que vira moda, a cidade inteira resolveu testar.
O resultado? Um festival de PETs reluzindo sob o sol. Tem porta que parece vitrine de supermercado.
Agora, dizem por aí que a ‘‘NASA está estudando o fenômeno’’.
O fato é que ninguém conseguiu explicar direito por que o povo acredita tanto nessa história.
Enquanto isso, os cachorros… continuam olhando para as garrafas, abanando o rabo e pensando:
— “Mas o que é que esses humanos estão aprontando agora?” Se funciona ou não, ninguém sabe. O que sabemos é que ‘‘virou mania’’, e quem ainda não colocou a sua PET na porta
já está se sentindo “por fora da tecnologia”. Afinal, se todo mundo faz, ‘‘vai que dá certo, né?’’
E lá vamos nós, convivendo com mais um capítulo da vida moderna: ‘‘a revolução das garrafas PET’’. Quem diria que, um dia, nossos portais virariam laboratório… e que os cachorros seriam os cobaias.

                                         

                               E o consumo de refrigerantes só aumentando!!!


sábado, 20 de setembro de 2025

Causos - Contos - Piadas













Chá da Vovó

Para gripes e Resfriados.                                                             

Ingredientes: 

2 copos de água filtrada

4 rodelas de gengibre

4 colheres de sopa de guaco seco

1 pau de canela 

2 dentes de alho descascado

suco de meio limão

4 colheres de sopa de mel

Modo de fazer: 

Coloque a água para ferver. 

Na jarra de vidro coloque todos 

os ingredientes. 

Despeje a água fervente na jarra

e tampe. Aguarde 10  minutos. 

Tome ao longo do dia.





 






CRÔNICA


O Anônimo

Aqui na nossa cidade onde todo mundo sabe da vida de todo mundo, existe um 
sujeito curioso: o Anônimo. Ele não aparece em festa, não dá bom-dia na praça, 
não é voluntário em nada, e olhe que tem muitos  trabalhos sociais precisando de 
gente de boa vontade. Podia estar ajudando numa campanha, mas não: prefere 
gastar seu tempo jogando veneno por ai. Sua voz surge como um sopro venenoso, 
escondida em bilhetes, mensagens maldosas, recados atravessados e até fofocas 
mal plantadas no ar

O Anônimo não quer aparecer, mas vive com os olhos arregalados na vida alheia. 
Enquanto todos trabalham, ele vigia; enquanto uns caem e levantam, ele torce pela 
queda. Disfarça-se de cidadão exemplar, quase um santo de procissão, desses que 
anda de nariz empinado e fala de honestidade como se fosse dono da patente.

Mas a verdade é que sua maior ocupação é minar o que os outros constroem. Joga 
notícias falsas como quem espalha milho para atrair galinha, esperando ver a confusão 
se formar. Vive tão preso na vida alheia que talvez nem saiba mais da sua própria. 
Quem sabe não esteja precisando de um terapeuta, um psicólogo... ou, quem sabe, até 
de um nutricionista: talvez trocando o excesso de fel por um pouco mais de fruta, seu 
humor melhorasse.

O que ele não percebe é que sua existência não acrescenta nada. Não ajuda a cidade, 
não move um dedo por ninguém, mas está sempre pronto a colher as vantagens. É, no 
fundo, um parasita moderno, um sanguessuga travestido de cidadão.

E o mais irônico de tudo é que, no fim das contas, ele vive na sombra, com medo de ser 
descoberto. Porque o Anônimo só é forte enquanto ninguém sabe quem é. 
No instante em que a máscara cai, ele se revela apenas como aquilo que sempre foi: um 
nada barulhento, vazio e sem coragem de assumir o próprio veneno.

                                            Anonimato, não é a solução!
                                                     
                                                            Um abraço!
                                                            Silvio Honorio



Causos - Contos - Piadas

 

Histórias e estórias contadas nos botecos, mercearias, barbearias, 
portas de igrejas, cantos, esquinas e praças de nossa cidade

O Boteco do Zé do Felício

O Zé do Felício tem um boteco que é uma 
verdadeira zoação, daqueles pé-sujo de                  
respeito, onde a mesa manca, o copo é 
fosco e a cachaça é de primeira! Pra proteger o bar, o homem
fincou umas madeiras na frente da parede, “pra carro não dar 
beijo de para-choque no reboco”, como ele mesmo diz.

Mas a verdadeira obra-prima do Zé são os dois murinhos de 
uns 50 centímetros que ele fez bem nas portas do boteco. 
Segundo ele, é pra não entrar água da enxurrada quando 
chove. Só que, na prática, viraram armadilha pra freguês!

O sujeito entra no boteco numa boa, sem esforço nenhum. 
Agora… na hora de sair, depois de umas e outras, levantar perna pra passar o murinho é que são elas! Tem cabra que tropeça, tem cabra que volta pra dentro, e tem aqueles que decidem “tomar só mais uma” pra ganhar coragem.

O povo da rua comenta que Zé Felício inventou esse negócio só pra segurar o freguês. Ele nega, mas o sorriso dele no canto da boca entrega o segredo: quem entra ali pra beber, sai só quando a perna deixar.

Pescador Tino Capivara

O Tino sempre foi o maior contador de vantagem da beira do rio. Um dia voltou da pescaria contando: — Ô sò Carlos, peguei um peixe tão grande, mas tão grande… que até a máquina de tirá foto do sô Zé da Farmácia ficou pesada!
Carlos duvidando perguntou: 
— E cadê a prova, Tino?
Ele puxou do bolso a foto toda orgulhoso e disse:
— Olha aqui ó! A foto do bicho! Só essa foto já pesou oitocentos gramas!
O pessoal caiu na risada:
— Se a foto já pesa tudo isso, imagina o peixe então!


Outra do Tino que chega da beira do rio e vai pra venda do  Geraldo Ildinantes de mãos abanando. Na venda, o pessoal logo perguntou:
— E aí Tino, quantos peixes cê pegô?
Ele suspirou fundo, fez cara de tristeza e abriu os braços de ponta a ponta:
— Rapaz… o peixe que escapô era ''desse tamanho!''  Bastião da Neguinha, rindo:
— Ô Tino, e por que ocê num segurô firme?
— Eu até tentei… mas meus braço num é comprido o bastante pra  abraçá o bicho!


 Miguel entrou gaguejando na mercearia do Gavião e disse:
  — Me vê uma ce... ce... ce ...ce ...ce ...ce...
  Gavião já abriu e trouxe a garrafa de  cerveja.
   E ele:
   — Nãaaao Gavião ! Eu queria ce... ce... ce...  cebolinha!


O velório do Chico Bomba tava cheio, todo mundo              
de olho na viúva, Dona Melina.
Reidner ''encomendava'' o corpo fazendo orações.
Eis que, no meio da reza, entra uma segunda mulher  chorando:
— Ai, Chico, meu bem! Quem vai me visitar agora nas quartas-feiras?
A viúva Dona Melina  arregalou o olho. O povo já se cutucava. 
Quando pensaram que tinha acabado, apareceu outra, com duas crianças:
— Esses aqui são teus filhos, Chiquin!
Foi um Deus nos acuda. Um tal de mulher desmaiar, criança gritar, viúva 
querendo bater. Reidner parou a reza  pedindo calma.
E no fundo, um grupo  comentava:
— Olha, esse defunto aí vale mais morto do que vivo… 
nunca vi velório tão animado!


Frases de farialemenses:

“Casamento é igual garrafa de pinga: no começo arde, depois acostuma, no fim dá dor de cabeça.”
                                                                                                                                          (Cabo Orizon)

Ontem bebi só duas pingas e já vi o futuro. Vi que hoje ia beber de novo… e não é que acertei?”
                                                                                                                                                    (Ioná)